Vem aí a terceira edição da Virada Cultural Amazônia de Pé! 🌳

Há dois anos, setembro tem sido um mês de celebração e de resistência na Amazônia de Pé. De um lado, celebramos as culturas amazônicas e toda sua riqueza de identidades, cosmovisões e expressões artísticas. De outro, denunciamos os ataques contra a floresta, seus povos e o clima.

Em 2024, não vai ser diferente: mais uma vez, realizaremos uma semana de mobilização nacional pela Amazônia!










Entre os dias 5 e 8 de setembro, na semana do Dia da Amazônia, a cultura será o nosso meio de unir pessoas, iniciar diálogos, sentir e transformar. Para isso, convidamos pessoas de todos os biomas a, durante esses dias, realizarem uma atividade cultural em sua cidade ou território. Pode ser uma apresentação musical, uma ação de lambes, um cinedebate, uma oficina… as possibilidades de agir são múltiplas!

É tempo de ação coletiva: brasileiros e brasileiras de todos os cantos precisam somar forças com a luta dos povos ancestrais e levar o debate sobre Amazônia e clima para redes, praças, ruas e rios de todo o país!

Afinal, o que acontece na Amazônia não fica na Amazônia. E nós somos a última geração que ainda pode fazer algo para salvar a floresta.













Por que agora?
Por que fazer um movimento nacional, territorialmente descentralizado, para proteger florestas públicas?





Nosso país está assumindo um papel histórico de liderança internacional no combate à crise climática. Nos próximos meses, o Brasil sediará o G20, que reúne os países com as maiores economias do planeta, e a COP 30, principal conferência sobre clima do mundo.

Até lá, nossa missão é mostrar que, nessas negociações, não será apenas a agenda do governo brasileiro e de grandes empresas que estarão em pauta — as vozes e demandas das pessoas e dos movimentos populares brasileiros, que há séculos estão nas trincheiras do ativismo climático, deverão também ser ouvidas e consideradas!





No aquecimento para esses grandes eventos, o tema da Virada Amazônia de Pé 2024 será a proteção das Florestas Públicas Não Destinadas da Amazônia.

Essas florestas possuem uma área equivalente ao estado da Bahia, e são áreas desprotegidas, onde os maiores crimes ambientais acontecem na Amazônia; crimes, em geral, relacionados à grilagem de terras, desmatamento e garimpo ilegal. Dar a devida destinação a elas, colocando-as nas mãos de povos tradicionais e órgãos públicos, é uma das políticas ambientais mais urgentes para o fim do desmatamento e para o combate efetivo às mudanças climáticas.




Jornada da Virada Cultural Amazônia de Pé 2024
O que acontece quando você cadastra uma ação na Virada Cultural AdP 2024? Vem conferir:



[ícone] Mapa de ações
Sua ação é incluída no Mapa de Ações da Virada, uma ferramenta essencial para divulgar, promover e mostrar a força da nossa luta pelo clima, pela Amazônia e pelos seus povos.

Sua atividade pode ser pública, ou privada; o importante é começar conversas sobre a importância da Amazônia para a vida de todos nós!

O mapa registra os pontos de ação e dá visibilidade para inspirar outras pessoas a agirem também, além disso pressiona o governo federal a partir da mobilização que está sendo feita.




[ícone] Guia de Ações Ativistas
Você tem acesso ao Guia de Ações Ativistas, uma iniciativa para apoiar ativistas com informações sobre a Virada Cultural AdP 2024, contendo ideias de ações, dicas de segurança, orientações de cobertura, dentre outros.

<Lançamento previsto para 5 de agosto>



[ícone] Formações
Você poderá participar de oficinas abertas sobre diversos assuntos ligados à Virada Cultural Amazônia de Pé:

Lançamento da Virada Cultural Amazônia de Pé. | 17/07

Beabá da ação ativista pelo dia da Amazônia: um checklist do que não pode faltar! | 19/08

O que a Amazônia tem a ver com a minha região? Um passo-a-passo para começar essa conversa. | 28/08




[ícone] Kits de mobilização
Se você inscrever sua ação até 18 de agosto, você receberá um kit de mobilização. Dentre os materiais, serão enviados cartazes, bandeiras, adesivos, folhetos, lambes, entre outros materiais que poderão apoiar a realização da atividade.

Além disso, também vamos disponibilizar os materiais de forma virtual, para que as pessoas possam criar suas próprias artes a partir da identidade visual da Amazônia de Pé, permitindo a customização dos materiais de acordo com o evento proposto.



[ícone] Datas importantes
Dia da Amazônia: 5 de setembro

Período da Virada Cultural Amazonia de Pe 2024: 5 a 8 de setembro

Limite para cadastro e recebimento do kit: 18/08

Limite para inscrição das ações no mapa: 01/09

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A Urgência da Ação Coletiva: Cultura e Clima Unindo Forças na Virada Amazônia de Pé 2024

Por Marcele Oliveira e Zek Picoteiro

Curadores da Virada Cultural Amazônia de Pé 2024
O que estamos vivendo hoje no nosso país é uma realidade de desesperança.

Das secas no Rio Amazonas às enchentes no Rio Grande do Sul, passando pelas queimadas no Pantanal, o recado é um só: o planeta já mudou e é urgente que nós criemos laços e estratégias em torno de mudanças sociais e políticas que possam garantir o futuro.

Duas mulheres negras assumiram posições essenciais para o debate que estamos propondo. Marina Silva, com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e Margareth Menezes, com o Ministério da Cultura. A urgência do entrelace entre as pautas climáticas e a conscientização massiva que alcançam as práticas culturais é o que a Virada Amazônia de Pé 2024 propõe tensionar. Precisamos ser uma multidão.

Sob a utopia de que ainda é possível mobilizar as pessoas em torno de um ideal, o movimento Amazônia de Pé faz um chamado para quem entende a importância de participar dessa retomada através de ondas de conscientização. A hora de construir a adaptação climática que precisamos é agora! Diríamos até que já passou.

Para além de sair ou não com um guarda chuva na bolsa, os impactos dessas mudanças chegaram também na qualidade do que comemos, no valor que pagamos pela energia e em impactos diretos na nossa saúde, além de colocar em risco nossos territórios e culturas tradicionais. Quando acontece algum evento climático extremo, as pessoas que mais sofrem têm nome e endereço, estando espalhadas por periferias de todo o mundo sofrendo diariamente com os impactos das mudanças climáticas.

Num mundo tão polarizado, a cultura ainda é um dos poucos traços da nossa identidade que nos mantém conectados. Temos orgulho do que somos, somos variados e potentes, e é por isso que através de ações culturais acreditamos ser possível reunir pessoas e construir caminhos de verdadeiras transformações, construindo dados e narrativas que representem as nossas urgências. Virar mentes em torno de envolver a nossa geração na proteção de florestas públicas é o nosso objetivo, seguido de ter cada vez mais de nós exigindo proteção para suas cidades, biomas e culturas.

Ousemos inventar futuros possíveis. Uma boa virada pra gente!

Com confiança na arte e na cultura,
Marcele e Zek.












Somos a última geração que pode salvar a Amazônia



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